P&B.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Meu coração parou de bater. Morri!
O de olho puxado encontrou o cheio de olheiras e eu morri.
A barba por fazer deixou o sorriso do outro mais largo e eu morri.
O corpo claro e quente contrastou no escuro (e também quente!) e eu morri.
O cheiro novo do branco intelectual tomou as narinas e eu morri.
As mãos finas que unem todas as cores se aproximaram das que são ausência de cor e eu morri.
A caminhada tranqüila daquele que representa a luz cruzou a janela do que simboliza a sombra e eu morri.
A segurança transmitida pelo bom encontrou as lágrimas escondidas do defeituoso e eu morri.
Um dia, o norte se uniu ao sul do outro e tudo antes disso morreu. Inclusive eu!
Agora, meu coração já volta a bater. Vivi!
Mas o branco no preto ainda persiste e pulsa no peito do poeta.
Pra ti!

Bruno de Castro (19/02, às 00h 23min, no quarto)

BdeCastro.

0 comentários: