Nome de poesia nº XV

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sábio, espantou a tristeza e começou a viver.
Apaixonado, esqueceu das dores, dos medos, do choro e passou a sorrir.
Mesmo menino, aprendeu a conjugar o verbo amar.
Malabarista, equilibrou o que de bom havia em si.
Uninominal, soube aproveitar o melhor quando muito era pior.
Editorialista, falou o que quis, quando quis e para quem quis.
Ladrão, roubou do mundo o tormento e o transformou em alegria.

Vaga-lume, usou seu fecho de luz para acender corações.
Instintivo, foi capaz de superar o que deveria ser amargura.
Lídimo, manteve-se sempre em si e nos outros.
Acústico, ressoou em cada lugar onde a voz timbrou.
Risonho, encarou tudo com a mancha branca dos dentes exposta.
Oboísta, fez do som do instrumento o som de cada passo dado.
Urbi et orbi, preencheu os vazios ainda que distante.
Caçador de sonhos, alcançou o que queria sem se deixar perder.
Alado, sobrevoou na felicidade e lá permaneceu.

Bruno de Castro (07/01/2008, às 20h 41min).