Mente ociosa; oficina do...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Tem alguns dias que não escrevo aqui. E, sinceramente, não estava me programando para atualizar esse blog tão cedo (por pura falta de tempo, admito). Mas fui "forçado" ao saber de uma história que me deixou bem incomodado.

Ontem, fui informado de que tem um engraçadinho dizendo por aí que, depois de sair do jornal O Estado, fiz postagens no twitter criticando a empresa. Pois bem...quero aproveitar esse espaço que é meu de fato e de direito pra comentar o episódio.

Muitos diriam pra eu deixar essa conversa de lado. Mas não consigo. Me sinto mal com esse tipo de situação, principalmente porque JAMAIS tenteria derrubar uma redação que me ensinou muito do que sei de jornalismo impresso. OE é uma escola. Foi minha escola. E não tenho vergonha nenhuma de dizer isso.

Pelo contrário. Me encho é de orgulho de ter feito parte de uma família tão massa. E uma família que teve como matriarca uma jornalista formidável como Beth Rebouças (@bethreboucas). Minha madrinha profissional.

Então...quer dizer que O Estado é uma empresa perfeita? Não. Tem problemas como qualquer outra. Mas isso não faz dela menor do que nenhuma. Muito menos dá a mim ou a outros ex-funcionários o direito de alfinetá-la.

Não tenho a menor dúvida de que, se hoje estou no jornal O Povo, devo isso ao OE. E fico feliz demais ao constatar isso. E digo isso sem medo de soar petulante.

Quem me conhece, sabe que não costumo utilizar 140 caracteres pra "cuspir" no prato em que comi. Não é do meu feitio. As ponderações que tive de fazer sobre o OE, fiz enquanto estive lá dentro. E num canal aberto com os diretores. Comigo, o diálogo lá sempre foi aberto. E não vou negar isso nunca. Esteja eu no OP ou onde for.

Uma amiga me disse que esse tipo de fofoca parte de gente invejosa. Não sei se avalio assim. Só sei que o comentário não foi verdadeiro. E eu não me aquietaria se não o rebatesse. Mas não quero mais me ocupar com isso.
Obrigado pela atenção.

Bj bj,
BdeCastro.

Espelho.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Todo santo dia, ouço gente questionando o pq de Marcelo Dourado ser o favorito para ganhar o BBB 10, sendo que o cara vive envolto em polêmicas. Semanalmente, ele é tachado de preconceituoso, homofóbico e outras cositas más...

E, sinceramente? Me espanto quando as pessoas chegam com esse papo.
Para mim, a popularidade do lutador tem um motivo claro: a identificação.
O público se vê em Dourado, pq o moço está dando a cara a tapa falando o que muita gente tem vontade de dizer, mas falta coragem.

Marcelo expõe tranquilamente sua tatoo de suástica e diz q tem orgulho de ser hétero.
Qt ao símbolo na pele, tenho cá minhas dúvidas se quem está em casa sabe o q significa.
Mas, qt ao orgulho de gostar do sexo oposto...bom, aí só não enxerga quem não quer.
O grande juiz do BBB (como diz Pedro) vibra quando assiste o ex-vilão-agora-mocinho bater no peito e dizer que "não tem diva dentro de si" e "hétero não pega Aids".
E comemora tendo gays e gays dentro de suas próprias casas.

Apoiá-lo nos "paredões", é uma espécie de autoafirmação.
Dar o prêmio de R$ 1,5 milhão (alguém duvida?), então, tornou-se uma questão de honra para muitos.
Basta ver os comentários absurdos em prol de Dourado nos fóruns de discussões afora.
É cada justificativa!

Resumo da ópera: Marcelo Dourado é um espelho do pensamento coletivo tão preconceituosamente velado.
E tenho dito.

BdeCastro.

Na contramão

Vou falar de mim.
Algo estranho.
Afinal...diariamente, sou forçado a escrever sobre os outros. Mais precisamente sobre o que os outros dizem.
Mas vamos lá!

Faço isso hoje por culpa de Meryl Streep.
Isso mesmo.
A atriz hollywoodiana cutucou uma ferida minha ontem à noite.
Impecável como sempre nas suas atuações, ela usou Jane (personagem do filme "It's complicated") pra mexer comigo.
E conseguiu.

Saí do cinema pensando em como deixar minha "zona de conforto" pode me proporcionar o céu e o inferno.
Na verdade, mais o céu do que o inferno.
Então...pq não?
Por um "simples" motivo: medo.
E admito isso com um mínimo de constrangimento.
Sim...pq estaria mentindo se o negasse.
Mas enfim.

Falta a mim a "autopermissão" para viver.
Coisa que Jane fez após dez anos de nulidade.
Talvez...eu esteja nesse período de calmaria.
É...talvez.

Por isso, me sinto numa espécie de contramão do mundo.
Não que isso seja ruim.
Não mesmo.
Mas confesso: me incomoda um pouco.

Um dia, vou saber se é nessa contramão que quero permanecer ou se vou, enfim, deixar a tal zona de conforto.
Um dia.

BdeCastro.