Acabou-se o que era doce

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Quase sempre a reação é a mesma: "nossa...você gosta de ler Harry Potter!?". Da mesma forma, a minha resposta é a mesma: "e porque não gostaria!? Algum motivo em especial? Pra se ter opinião formada sobre qualquer assunto, é preciso conhecê-lo". Pois bem...acho que definitivamente não vou mais ouvir esse tipo de questionamento, pois o último volume da série (Harry Potter and the deathly hallows - em português: Harry Potter e as relíquias da morte) de sete livros que contam a vida desse bruxinho imaginário chegou ao Brasil esse sábado.

Muito se especulou sobre como seria o desfecho de Harry, se ele morreria ou não, como poderia escapar do malvado Voldemort, com quem ele realmente ficaria no final de tudo, se seus melhores amigos, Rony e Hermione, também terminariam num romance etc etc. Agora, tudo foi desvendado e os fãs vão ficar no gostinho de quero mais, pelo menos no que se refere ao mundo literário. Sim, porque eles ainda esperam freneticamente o lançamento oficial dos dois outros filmes que estão para serem rodados e exibidos.

Enfim, esses quase dez anos de viagens pelas idéias de JK Rowling, a autora, mudaram de vez a história da literatura infantil. O modo HP de encarar o mundo criou nas crianças de todo o mundo, e em muitos adultos também, um modo diferente de encarar os problemas do mundo e da importância de sempre se cultivar bons laços de amizade e cumplicidade.

Mas, como diz o ditado, tudo o que é bom se vai rápido. No caso de Harry, foi quase uma década, mas acabou-se o que era doce...

BdeCastro.

Uns com tanto; outros com tão pouco

Domingo, 11/11/2007, Shopping Benfica, por volta das 18h 30min. Estávamos eu e uma amiga na fila de um desses boxes que vendem sorvete na casquinha e milk shake, quando, de repente, um rapaz se aproxima do caixa e diz: "deixa eu dar uma dica pra vocês! Aprendam a fazer shake direito, porque esse daqui que eu comprei está uma porcaria. Aguado demais...não presta pra nada!". Depois disso, ele foi embora, puxando a filha pelo braço.

Acabando de ler o relato, você pode se perguntar: "Bruno, mas qual o problema dele ter feito isso!?". Aí, eu lhe respondo: "nenhum, não fosse a extrema falta de educação que ele aparentou no modo como abordou o vendedor e o tom de voz utilizado pra fazer o reclame".

Gente, não vou aqui dizer que ele não estava no direito dele de reclamar, porque ele podia fazer isso sim. Porém, acredito que existem formas e formas de se mostrar o que pensa e se posicionar diante de determinados fatos. Na vida, a gente tem duas escolhas: ou trata as pessoas bem e corre o risco de também ser tratado da mesma forma, ou trata as pessoas mal e também corre o risco de ser tratado da mesma forma.

O que custava ele ter chegado e reclamado apenas para o rapaz que fez o tal milk shake? Precisava ele berrar para boa parte dos que estavam na fila ouvirem? Certamente que não. Por outro lado fico pensando que esse rapaz não deve ter tido lá muitos ensinamentos de como se portar em público, sabe!? Cheguei até a sentir pena do coitado!

Mas o mais engraçado foi que ele disse que o shake não servia pra nada, que estava aguado etc etc, mas o copo estava bemmmmmm vazio. Moral da história: o shake não devia estar tão ruim assim e o cara fez o que fez só de pirraça. Uma pena que a educação não chega pra todo mundo nesse País.

BdeCastro.