Os fones da individualização

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Também já virou moda! Hoje, se você anda pelas ruas de Fortaleza, é fácil perceber como as pessoas aderiram ao modismo do earphone, ou melhor, do fone de ouvido. Se você entra no ônibus é a mesma coisa: filas inteiras de passageiros com seus pequenos objetos de reprodução de arquivos de música.

À primeira vista, esse pode ser um fato simples. Porém, me preocupa encarar uma perspectiva como essa. E me preocupa porque, cada vez mais, as pessoas se fecham no seu universo e deixam de lado o contato com o resto do mundo.

Nos últimos anos, já inventaram de tudo: os carros ficaram modernos, uma tal de internet foi criada e disponibilizada pra gente, os aparelhos eletroeletrônicos diminuíram de tamanho etc etc etc. E com essas transformações, mudou também o modo de vida da população. O povo de hoje tem receio de tocar o outro. As pessoas se voltaram para suas individualizações. E o que os fones de ouvido têm com isso!? Vamos pensar na causa-efeito: se você andas com seus fones de ouvido, você consegue reparar no que acontece à sua volta? Provavelmente a resposta é negativa. E é assim não porque você não se interessa, mas sim porque você volta sua atenção para outras formas de comunicação. Nesse caso, a música.

Até a maneira de se relacionar das pessoas mudou. Hoje, nem pra se ter filhos é necessário o contato físico. Quem quiser saber os segredos da maternidade/paternidade basta ter dinheiro suficiente pra pagar uma inseminação artificial. Conclusão: larguemos os fones de ouvido. E quanto às formas de reprodução, eu prefiro o modo tradicional. Ou melhor: eu prefiro todas as formas tradicionais.

BdeCastro.