coração miúdo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

basta um movimento.
só um.
a fantasia vai embora e você percebe o quanto é vulnerável.
aí...tudo começa a desabar.

a língua solta farpas ao invés de gentilezas.
o olhar esquece do brilho habitual.
apenas faísca.
de rancor.

os pés tornam-se mais frenéticos do que nunca.
os braços gesticulam que nem asas de beija-flor.
o suor desce.
e mais farpas são atiradas.

do lado de lá, mas com visitas esporádicas, um quarteto ajuda na queda.
voluntariamente.
se duvidar, por puro prazer.
uma pena.

do lado de cá, uma mulher chora angustiada.
o coração dela fica miúdo sempre que vê/sente as farpas.
mesmo que não sejam direcionadas aos seus 83 anos.
afinal...ferimento de filho em filho dói muito mais do que em si.

assisto a um capítulo e já constato: minha base está ruindo.
e eu nada posso fazer para impedir.
temo por mim.
mas muito mais pela matriarca.