Gélida raiz

terça-feira, 1 de julho de 2008

O vento que corta a serra também corta o peito.
E corta porque é frio.
E é frio porque é .
E é só pela tua inércia.

Calado e monocromático está um abismo a separar algo que sequer teve início. O pior é que não se sabe se terá um dia. Mas o vento frio que corta a serra e o peito continua lá: rondando...rodando!

E ro(n)da porque não tem como escoar.
E não escoa porque prefere assim.
E prefere assim porque tem vontade própria.
E só deixará de tê-la quando da tua boca o calor sair bem próximo da minha.
Aí, começa o degelo.

Bruno de Castro (em 30/06, no quarto).

BdeCastro.

0 comentários: