
Depois que o programa acabou, me peguei pensando sobre o tema e percebi que essa é uma questão que se refere não só à reformulação constitucional ou qualquer coisa relativa a isso. Se refere sim à posicionamentos basicamente estruturados na nossa cultura. À nossa 'pobre' cultura. À nossa 'pobre' cultura de ignorância por opção ou exclusão.
Dizer que o aborto é uma agressão à vida, que infringe códigos de ética, que viola os direitos naturais da mulher de se ter um filho não colam mais pra mim. Agora, penso de uma maneira diferente: acho que antes de expor esses apontamentos, é necessário se indicar um modo de repensar nossa cultura, nosso modo de encarar as coisas.
Durante toda a história do nosso país, o povo brasileiro sempre foi muito privado do acesso a livros, à educação. Mas aí você se pergunta o que o alho tem com o bugalho. Mas tem sim. Se as pessoas que nós conhecemos tivessem um pouco mais de instrução, de história, de vivência mesmo, com certeza a visão que se tem do aborto hoje em dia seria diferente.
Não vou aqui dizer que sou contra ou a favor dessa tal legalização. O que quero deixar claro é que considero essencial uma reeducação social do nosso povo. Só assim vamos nos desvencilhar de posicionamentos pré-estabelecidos e embasados mertamente em paradigmas já existente. É fundamental que cada cidadão formule seu referencial crítico em fatos concretos. E isso só vai acontecer quando uma educação de qualidade vingar por aqui.
Quando isso acontecer, essa educação vai deixar as mães que hoje mal sabem o que é um pré-natal devidamente informadas sobre como agir em situãções de risco ou em ações habituais de uma gravidez. Também ficariam mais bem informadas sobre as inúmeras formas de prevenção e projetos beneficentes de apoio à formação de uma criança.
É isso que defendo: uma cultura de inclusão e não de exclusão!
BdeCastro.
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