No fim das contas...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ontem, a noite na televisão brasileira foi marcada pela inauguração da Record News, o mais novo canal de notícias em tempo integral no País.
Na festa de abertura da programação da emissora, 'autoridades' políticas, jornalistas, diretores da empresa e outros convidades pareciam estar com um mesmo discurso ensaiado. Todos diziam exatamente a mesma coisa: que esse era um marco para a televisão brasileira; que com a Record News o povo vai ter acesso a um canal de comunicação comprometido com a busca da verdade; que a realização dessa inauguração retrata a democracia no nosso País etc etc etc.

O que me chama a atenção é o fato de que esse falatório não passa de demagogia pura, pelo menos em sua maioria. É claro que o fato demais um canal de tevê ser disponibilizado para o grande público é um marco, mas até onde essa iniciativa é diferente das outras já existentes no mesmo ramo de produção em 'hard news'?

Ao meu ver, nada é muito fora do comum, como se afirmou tanto ontem. A começar pelo nome da emissora: Record News. No que ela difere de nomes como a Globo News e a Band News? No dim das contas, é tudo a mesma coisa. Só mudam os donos de cada canal. Nem a criatividade é posta à prova!

Outra semelhança é a estrutura visual dessas emissoras. Se repararmos, tudo também é bem parecido: os cenários dos programas; os estilos de escrita; os perfis dos apresentadores. Até as barras de ferramentas do canto da tela se assemelham. No fim das contas, tudo fica na mesma.

Isso, claro, sem contar que essa conversa de que vai ser um Jornalismo diferente também não cola muito fácil. Como é que se pode ser diferente, se as mesmas notícias são veiculadas pelas diferentes emissoras? Sim, porque uma não vai "dar furo" num fato, sabendo que a concorrente vai abrir o jornal com esse mesmo acontecimento. Então, onde está a diferença? No fim das contas...só resta rezar pra alguém dentro dessas redações resolver fazer alguma coisa menos usual.

BdeCastro.

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